Classe C no e-commerce

Atualmente o Brasil possui 67 milhões de pessoas conectadas à internet e lidera o ranking dos países que mais passam tempo online: 45 horas e 43 minutos, ficando à frente do Reino Unido, dos Estados Unidos e da França.

Temos presenciado a ascensão de um novo grupo, que tem algum dinheiro no bolso e bastante disposição para comprar.  A classe C, que  desempenhou um papel fundamental durante a crise financeira, mantendo o ritmo do comércio tradicional e ajudando o Brasil a sofrer menores impactos, agora é um importante nicho, também, para o e-commerce.

Uma pesquisa feita pelo Ibope revela que o acesso à internet pela classe C cresceu cerca de 18%, mas a maioria dos acessos ainda são feitos em lan houses ou no trabalho. No entanto, “a classe C, somada à D e à E, acessa mais do que as classes A e B”, disse Alexandre Crivellaro, Diretor da área de inovação do Ibope.

Além disso, de acordo com os dados divulgados pela consultoria e-bit, 60% dos novos consumidores possuem renda familiar de até R$ 3 mil. No primeiro semestre do ano, foi registrada a entrada de 2,4 milhões de consumidores para o mundo das compras virtuais. Esse adicional fez a base dos clientes que já fizeram ao menos uma aquisição pela internet chegar a 20 milhões de pessoas. Dessa forma, a classe C já representa cerca de 30% desse total e a previsão para o final do ano é que mais 3 milhões de pessoas entrem para o mercado virtual, o que significará um aumento de 30% na base total de consumidores virtuais no Brasil.

Fatores que influenciaram diretamente o crescimento das vendas no e-commerce:

* a adesão da classe C;
* a entrada de grandes lojas tradicionais no comércio eletrônico;
* a venda de computadores populares;
* a maior penetração da banda larga;
* ao crescimento número de pontos públicos de acesso à internet;
* e ao aumento do número de cartões de crédito entre pessoas de baixa renda.

Confiança

O grande desafio para o e-commerce na conquista da classe C é convencer os que têm menos experiência na rede de que comprar no mundo virtual é seguro. Afinal, comprar na internet é, antes de tudo, uma questão de confiança. O e-consumidor de primeira viagem ficará desconfiado se a loja é conhecida, se receberá o produto no dia prometido, além de dúvidas quanto ao procedimento de compra, ou seja, precisará de ajuda de alguém com mais experiência. A partir de uma próxima aquisição, o consumidor, certamente, vai dar preferência ao site onde já fez uma compra que deu certo.

A credibilidade do ambiente virtual como plataforma de negócios contribui para o crescimento das vendas. O índice de confiança do brasileiro com relação às compras online são superiores aos registrado nos Estados Unidos, referência para comércio eletrônico. O indicador medido pelo e-bit com base em dez variáveis, como entrega e confiabilidade de pagamento, ficou em 86% em junho.

Comunicação

Segundo pesquisa do Ibope, para atrair o consumidor da classe C para o e-commerce é preciso investir em propagandas, principalmente na web 2.0, já que os portais mais acessados por essa população são as redes sociais – as classes A e B acessam mais emails, sites de notícias, buscadores. A relação entre compras online e comerciais de TV é um comportamento comum entre o consumidor classe C e, por isso, a comunicação integrada seja mais eficaz. O uso de celebridades nas campanhas é outro fator que chama a atenção dessas pessoas.

“A classe C confia muito na propaganda e por isso ela tem que ser bem feita. Além disso, eles também confiam nas celebridades. Isso tende a levar o consumidor da classe C a ir com mais facilidade para dentro da loja”, observou Crivellaro.

Fidelização

A fidelização destes clientes será consequência de boas ações implementadas na rede, sendo resultado de muitas ações, como larga presença na web; facilidade na hora de finalizar a compra; mais formas de pagamento; preço competitivo; um leque grande de produtos; um atendimento de pós-venda eficiente e uma boa experiência de compra.

Com uma comunicação clara, credibilidade na relação com o cliente, bons preços, segurança e facilidade no pagamento são itens que farão com que as vendas pela web tenham mais chances de crescer entre esse público.

O e-commerce no Brasil está começando a se tornar mais democrático e, consequentemente, mais abrangente. Com as atuais políticas de inclusão social e o crescimente econômico que vivemos, o comércio eletrônico brasileiro tem tudo para se tornar ainda mais expressivo no cenário mundial.

Fonte: PagPedia

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