Redes Sociais como SAC.

Por Felipe Morais

Quando uma marca entra oficialmente em uma Rede Social ela precisa entender alguns pontos: primeiro que se não entrar oficialmente, alguém vai colocá-la lá e responder por ela, mesmo que não oficialmente. Segundo, que esse é um caminho sem volta. Redes Sociais estão ai há tempos, as digitais há menos tempo, mas cada vez mais pessoas estão aderindo a Facebook, Orkut, Hi-5, Sonico e acho muito difícil, alias diria impossível, que essa onda de Redes Sociais digitais um dia acabe.

Estratégia de Ação

Ao entrar nas redes, o primeiro passo é ter uma estratégia de ação. Não entre sem entender o cenário, o que as pessoas falam do segmento e como interagir em cada uma das redes. Cada uma tem seu DNA e o consumidor já percebeu isso. Ele quer um tipo de conteúdo e relacionamento no Orkut que é diferente do Twitter (apesar que para mim, Twitter é uma rede de notícias e não social).

O consumidor também já percebeu que ligar no 0800 das empresas nem sempre surte efeito. Enviar um e-mail pelo famoso “fale conosco” menos ainda, pois há empresas que nem respondem o e-mail, mas usar as Redes Sociais como SAC tem dado resultado e por um motivo simples: exposição.

Quando eu mando um e-mail para a empresa X, sou eu mandando direto para ela. Duas pessoas envolvidas. Quando eu deixo um recado na comunidade “Eu amo a marca X” com 50 mil pessoas, são 50 mil pessoas com potencial de ver a mensagem, aliás, não apenas ver como repercutir em suas próprias redes. O “estrago” é maior.

Via de mão dupla

Redes tem se tornado uma via de mão dupla. Empresas que acreditam que ali é um canal de divulgação estão erradas. Redes Sociais é relacionamento! As pessoas seguem as marcas porque querem se relacionar e o básico para um relacionamento é a conversa, o diálogo; por isso, que quando a marca entra na rede deve prever e esperar que as pessoas vão sim usar essa rede para uma reclamação, dúvida ou sugestão.

Esse movimento é inevitável; evitar pode até causar menções negativas para a marca nas próprias redes, do tipo “a marca X não me responde no Facebook, porque abre então?” frases como essas parecem inofensivas, mas não são. Pois 5 ou 6 pessoas que repercutem, curtem a frase, comentam ou concordam já é o suficiente para fazer barulho.

Diante a esse cenário o que se deve fazer é simples: ouça e responda. Simples assim, princípio básico da comunicação que se para algumas empresas ainda é obscuro, para outras não. E essas estão gerando negócios via essa interação com usuário pelas redes. Eu posso, por exemplo, entrar no perfil de uma loja virtual e perguntar qual o melhor note para eu comprar. Se a loja for rápida na resposta, eu tenho uma tendência grande em comprar o produto com ela, afinal, pedi uma opinião dela. Se o preço e condições me forem atraentes, porque vou comprar da concorrente?

Mesmo porque para eu chegar ao estágio de perguntar a loja sobre a melhor opção para mim é porque eu já entendi que ali tem o preço, condição, entrega e produtos que eu desejo.

Monitore tudo o que se fala da marca no mundo digital. Tenha estratégia para agir de forma rápida aos questionamentos dos clientes. Não responda apenas a elogios. Trate críticas da mesma forma que um elogio. Seja transparente. A resposta a uma pessoa pode beneficiar a outras, mesmo que não beneficie, marcas transparentes passam mais confiança ao consumidor e as chances de vendas aumentam.

Hoje, com a grande concorrência entre marcas e a similaridade de produtos, serviços agregados estão sendo levados em conta como fator que agrega valor a marca e assim ganha espaço na mente e coração do consumidor. Redes Sociais são armas poderosas nessa conquista, mas entenda que elas são vias de mão dupla. As pessoas vão falar e ouvir, as marcas também.

Fonte: Web Contexto

Artigo anteriorPesquisa revela que 60% das PMEs da América Latina anunciam na ineternet
Próximo artigoSeis regras essenciais para incrementar o e-commerce das PMEs

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here