Muitas vezes achamos que não há diferença entre estes consumidores, ou que se trata apenas da comodidade de comprar em casa. No entanto, um estudo realizado pela E-bit em conjunto ao Instituto Análise, apontou diferenças sensíveis entre o consumidor online e o do varejo tradicional.

De acordo com a pesquisa, a primeira diferença se dá na renda média familiar, que se apresentou maior no grupo dos e-consumidores. A média de renda familiar revelada pelo estudo é de R$1.444,52 para os consumidores tradicionais e R$3.560,79 nas famílias que compram online. Com relação à faixa etária, foi concluído que o intervalo predominante é entre 25 e 59 anos, sendo esta a faixa de 80% dos e-consumidores pesquisados, e 66% dos que preferem as lojas físicas.

Também percebeu-se que o e-consumidor prefere pagar suas compras via cartão de crédito. Já o consumidor do varejo tradicional, paga à vista, ou em outras formas de pagamento facilitadas pela rede, como carnês ou crediários.

E sobre as diferenças de comportamento? Nesta categoria a pesquisa não se aprofundou, mas devido à experiência de mercado, podemos concluir que a opção entre comprar numa loja física, ou na internet, não está apenas no preço ou na comodidade.

O fator “tangibilidade” faz com que o varejo tradicional saia na frente. Ver o produto, tocá-lo, poder vê-lo funcionar, faz grande diferença para a maioria dos consumidores.

E já que o cliente está ali… entra em campo o fator “atendimento”: a atenção do vendedor, a negociação do preço final, a presença do promotor para esclarecer todas as dúvidas, são determinantes no processo decisório de compra. Esse conjunto de fatores dá segurança ao consumidor, que, na maioria das vezes, sai da loja feliz e satisfeito com seu novo produto.

Já o e-commerce sai em vantagem no fator “preço”, afinal, não há despesas com comissões de vendedor, instalações e aluguel de lojas. E junto com o preço, entra o fator “comodidade”, onde o cliente compra direto da sua casa e recebe o produto em poucos dias.

É importante que, ambos os modelos de negócio, saibam definir as estratégias para atingir os seus públicos-alvo. Tentando mesclar as suas características, o ideal seria que, por exemplo, o varejo tradicional trabalhasse mais a sua margem de preço através de negociações com os fabricantes. Já o e-commerce poderia trabalhar em parcerias com lojas-conceito de fabricantes, ou atendimento online em tempo real para esclarecer dúvidas sobre produtos, e não só sobre entregas e formas de pagamento, como vemos hoje.

Com o varejo em franco crescimento, seja online, seja físico, as “brigas” entre a concorrência geram maior diferenciação e menor preço, sendo o consumidor o maior beneficiado.

 

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