Mídia social é oportunidade para empreendedores alavancarem negócios

Atingir o público-alvo, aumentar as vendas e reduzir custos são benefícios conquistados por empreendedores que lançam a empresa em canais digitais

A interação e a troca de informações por meio digital se tornam cada vez mais atrativos para empresários, por isso o destaque que as mídias sociais ganham nos negócios não só no Brasil, como no mundo inteiro. Não é à toa que o número de ferramentas disponíveis neste mercado passa por forte expansão. “Mídia social não é só um tipo de marketing, mas também uma ação estratégica, pois é uma forma de estar mais próximo ao consumidor”, afirma Juliana Renner, Diretora de Tecnologia da APP Brasil.

Ganhar proximidade com o público-alvo é apenas uma das razões que torna estas ferramentas populares no meio empresarial. Entre as mais conhecidas e acessadas estão Orkut, Facebook, MySpace, Linkedln (contatos profissionais), Blip (compartilhamentos musicais), Blogs (WordPress, Blogger), Microblogs (Twitter), Youtube e Four Square.

Conhecer as vontades, preferências e exigências do consumidor de maneira rápida é um diferencial competitivo que não pode ser ignorado. Segundo Olimpio Araújo Jr., diretor empresa de consultoria OAJ Gestão de Marketing, quem mais saiu ganhando com a chegada das mídias sociais foi o empreendedor. “Para uma empresa de pequeno e médio porte investir em marketing, seria necessário desembolsar bastante dinheiro”, diz Araújo.

“Uma empresa com faturamento de R$ 1 milhão por ano, que direcione 5% de seu faturamento para ações de marketing teria menos de R$ 4.200 para fazer suas ações. Este valor na mídia tradicional inviabiliza qualquer iniciativa (publicidade ou marketing). Porém, o mesmo orçamento para internet é suficiente para fazer muitas coisas, com uma vantagem adicional que é a compra em tempo real. Quando assistimos uma propaganda na tevê ou no jornal, não podemos comprar imediatamente”, completa o executivo.

Araújo mesmo sentiu esta economia na pele ao adotar o uso das redes sociais na própria empresa. “A experiência foi tão positiva que reduzimos 80% os nossos custos. Além disso, vendemos 100% pela internet e 40% dos nos clientes chegam até nós por estas ferramentas. Conseguimos o aumento nas vendas e redução nos custos de marketing e operacionais, por isso passamos a implantar este modelo nos nossos clientes também”, conta.

Segundo Araújo existe todo um procedimento a ser seguido pelo empreendedor para que ele acesse essas redes de uma maneira eficaz.

1) Escolha em que rede irá trabalhar – pratique ao máximo antes de expandir para outras redes;
2) Determine o foco – defina qual a finalidade do uso de determinada ferramenta (vendas, comunicação, gestão de marcas, relacionamento com o cliente etc.);
3) Determine linha editorial – como as pessoas serão motivadas a interagir com suas redes;
4) Determine relacionamento com usuários – defina como lidar com gerenciamento de crise e insatisfação do seu cliente;
5) Monitoramento integral – acompanhe seus resultados e reações, atualize constantemente;

Segundo Juliana Renner, os interessados em divulgar o negócio em redes sociais podem fazer todo o procedimento sozinho desde que tenham conhecimento mais aprofundado sobre o funcionamento e os resultados que esses sistemas poderão alcançar. A executiva recomenda, porém, que o empresário busque treinamentos, cursos e informações atualizadas.

“Os casos de empresas que trabalham sem ajuda profissional acontece quando os donos têm algum conhecimento técnico e se envolvem com a ação”, destaca. Se este não for o caso, é aconselhável que o haja apoio de profissionais especializados. “O que não funciona é o proprietário da empresa nomear algum colaborador júnior só porque tem e sabe manusear seu Twitter e Facebook. Essa pessoa normalmente não entende o conceito de falar em nome de uma marca”, completa.

Fazer previsões no mundo da tecnologia é difícil, mas profissionais que lidam com mídias sociais alertam para que as empresas se adaptem e evitem ficar fora do mercado. “Acredito que haverá uma seleção natural das redes, uma fusão de outras e cada vez mais essas mídias se consolidarão. Com o aumento expressivo de empresas que buscam estas ferramentas, a competitividade consequentemente aumentará. Aqueles que estiverem adaptados vão colher bons resultados, os demais precisarão de muita criatividade para conquistar e manter seu espaço”, finaliza Renner.

Mídias sociais e redes sociais

Apesar de popular, muitas pessoas ainda confundem os dois conceitos. “Rede social é considerada uma categoria de mídias sociais, são sites de relacionamento ou ambientes que focam reunir pessoas, os chamados membros, que podem expor seu perfil com dados como fotos pessoas, textos, mensagens e vídeos. Além disso, nas redes sociais é possível interagir com outros membros, criar listas de amigos e comunidades”, explica Amyris Fernandez, professora de Comunicação em Mídias Digitais da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Já as mídias sociais são ferramentas que produzem conteúdos de forma descentralizada e sem controle editorial de grandes grupos”, acrescenta.

  • Redes Sociais ou como eram chamadas em 2005 sites de relacionamento são:  Facebook, Orkut, MySpace, entre outros;
  • Mídias Sociais ou como eram chamadas em 2005, novas mídias são:

Twitter (microblogging), YouTube (compartilhamento de vídeos), SlideShare (compartilhamento de apresentações), Digg (agregador), Flickr (compartilhamento de fotos), entre outros.

De acordo com Amyris Fernandez, há quatro regras básicas nas mídias sociais para serem seguidas por empresários que desejam utilizar essas ferramentas:

  1. Mídias Sociais quer dizer permitir conversações
  2. Você não pode controlar conversações, mas você pode influenciá-las.
  3. Seja social nas mídias sociais. Sua empresa não pode falar apenas dela mesma, por isso, construa relacionamentos, dê respostas rápidas, seja honesto e sincero e lembre-se que as mídias sociais são um diálogo, não um monólogo.
  4. O uso do texto nas mídias sociais deve ser de acordo com a linguagem do alvo. Sempre lembrando no planejamento se a forma de comunicação vai ser formal, informal ou intermediária.

Fonte: PME Serasa Experian

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