O site não tem que ser o primeiro. Tem que ser a referência

Um site, para gerar resultados, deve estar em 1º lugar no Google. Acredito, meus amigos leitores, que todos vocês já ouviram essa frase, e eu não estou aqui para criticar, afinal, ela é verdadeira. Em minhas palestras eu sempre apresento números que mostram que das 70 milões de pessoas que acessam a web no Brasil (dados de Maio/2010) 92% usam buscadores, sendo que desses 95% usam o Google; dos que usam o Google, 90% não passa da 1ª página, ou seja, estar em 1º na busca é uma arma de impacto poderosa, mas nesse artigo quero ir além disso.

Para que um site traga resultado para uma marca, estar bem otimizado nos buscadores, e entendemos aqui o Google como principal veículo, é uma das táticas, mas não a única. Não se pode desprezar as Redes Sociais no pais que mais é apaixonado pelas redes no planeta, o Brasil, claro. Não se pode esquecer, que a grande maioria das pessoas passa até 80% do seu tempo conectado em redes como Orkut, MSN, YouTube, Facebook ou Twitter e que somos o pais líder ou vice-lider de acesso mundial a esses players.

Nasce um novo blog a cada 1 segundo no mundo e o Brasil já é um dos países que mais acessa blogs no planeta; o brasileiro é um povo apaixonado por games, principalmente os onlines, e agora, com a febre da convergência é possível acessar a web do Playstation 3 ou do Xbox, os vídeo games da moda no mundo todo que são muito vendidos no país.

Em um país com mais de 182 milhões de celulares ativos, para uma população de 192 milhões, desprezar ações de SMS, de sites voltados a web é um outro erro, desde 182 milhões, 14 milhões de aparelhos são Smartphones que enquanto a classe AB compra para acessar e-mails a classe CD compra para ver TV no ônibus, e pro falar m vendas, em média em 2009 1 a cada 1 brasileiro que comprou pela web, comprou um livro; foram 17 milhões, mas compraram também geladeiras, fogão, carros, apartamentos, viagens, passagens aéreas, impressoras, celulares, PCs. Vendeu-se mais PCs do que TVs em 2008, 2009 e acredito que mesmo com a Copa, 2010 tenha o mesmo cenário. E não acredito que isso mude.

Mas onde as pessoas jogaram, pesquisaram, compraram, leram uma notícia, se relacionaram em uma rede? Em sites referencias! Quando se vai pesquisar um preço você vai no Buscapé e acaba comprando no Submarino.com; quando você vai ler uma notícia vai no UOL ou Terra, quando vai pesquisar sobre tecnologia vai no Gizmodo; esses sites estão entre os mais acessados em suas áreas, são bem comentados pela rede e isso faz com que o Page Rank do Google entenda que se tratam de sites relevantes em suas áreas, por isso “merecem” ser melhor colocados; nesse momento, entra a estratégia de otimização para complementar tudo o que é feito para o site ser referencia e ai sim ser um dos primeiros no Google.

Entretanto, como eu disse, ser o 1º no Google nem sempre é o suficiente, pois quando o site é referência ele automaticamente será 1º não apenas no Google, mas será o mais buscado no Twitter, terá a maior comunidade no Orkut e Facebook, mais vídeos no YouTube e com isso, será também, o mais comentado na Rede, gerando indicação das pessoas para pessoas, logo, atraindo mais visitas ao site, sendo mais visitado, mais um motivo para o Page Rank entender que o site é referência, é relevante e por isso precisa estar melhor posicionado do que os outros.

A marca do site é outro fator importante para que ele seja uma referência

A sua construção no ambiente digital deve ser feita. Não é porque a Coca-Cola tem uma marca forte no mundo, que na web ela tem que deixar de lado seu trabalho, pois a força da marca migra para a web, muito pelo o contrário, na web qualquer marca tem muitos concorrentes, as vezes, concorrentes que nem tem no mundo físico. A Casas Bahia por exemplo, além de ver o crescimento da Insinuante e Ricardo Eletro no mundo das lojas físicas, tem na web Submarino e Americanas.com como grandes concorrentes, isso sem falar da concorrência das Casas Bahia com Lojas Cem por exemplo (citaria o Ponto Frio, mas agora é tudo do mesmo grupo).

Para nós, planners, temos sempre que pensar o seguinte. Antes de uma estratégia – necessária – de otimização de um site no Google, temos que fazer essa marca ser referência do segmento. Ser referência não é fácil, é um trabalho de longo, diria, longuíssimo prazo, mas quando se atinge esse objetivo, as outras ações ficam mais fáceis de trazer retorno.

E qual a melhor forma de ser uma referência no segmento?

Conteúdo relevante, bom atendimento, ouvir e responder de forma one-to-one ao usuário, trabalhar bem as redes, monitorar o que se fala da marca e responder imediatamente. Entender que a web é criada e gerenciada pelo usuário e que as marcas estão lá para falar de igual para igual.

A partir daí, entendendo tudo isso e fazendo um trabalho de qualidade, as marcas podem começar o processo de serem referências no mercado digital, mas corram, pois há muita gente já fazendo isso.

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